Caiçara

Modelo popular da Vemaguet lançado em 1962, a Caiçara é um carro muito raro. Foram feitas apenas 1.173 unidades até 1964. Como diz um conhecido colecionador de DKWs de São Paulo, dono de uma Caiçara impecável, “era um carro feito de restos”.

Paulo José Mayer, o colecionador, tem uma Caiçara 1962 bege. É ele quem conta: “Os carros saíam em apenas duas cores: bege e azul claro. O interior era vermelho. Não havia praticamente nada cromado, exceto o aro dos faróis”. De fato, o aro da grade oval do radiador era pintado na cor do carro, não havia nenhum friso, as rodas também vinham na cor do carro e as calotas eram pretas, do modelo antigo, até 1960. A tampa do porta-malas da 1962 ainda tinha as saliências dos frisos, que já tinham sido eliminados da Vemaguet naquele ano.

 

Por dentro, um acabamento espartano: apenas um quebra-sol, porta-luvas sem chave, forração de Eucatex coberta por plástico vermelho, nada de rádio, nem do emblema 3=6 entre o velocímetro e o marcador de temperatura e gasolina.

 

Na parte traseira, as laterais e a parte interna da tampa do porta-malas não tinham forração: direto na lata. Os pára-choques vinham sem garras e na cor do carro. Mas nem todo mundo saía rodando com a Caiçara “pelada” das concessionárias. Era comum, naqueles tempos, que o comprador adquirisse uma espécie de “kit de luxo”, que incluía alguns acessórios encontráveis em outros modelos da linha Vemag. Ainda assim, o carro saía muito mais barato que uma Vemaguet normal. Seu valor era cerca de 60% do preço da perua com todos os opcionais e acabamentos. A sucessora da Caiçara foi a Pracinha, fabricada por dois anos, em 1965 e 1966. Essa, financiada pela Caixa, teve mais saída: 6.750 unidades fabricadas.

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