Vemaguet

Foi apenas em 1961 que a “caminhoneta DKW-Vemag”, primeiro veículo fabricado no Brasil, passou a se chamar Vemaguet. De 1956 a 1960, a simpática peruinha, derivada da F91 Universal alemã, não tinha nome. Era “risadinha” primeiro, por causa da grade do radiador que realmente parecia uma boca sorrindo e, de 1958, quando foi reestilizada e passou a usar a famosa grade oval, até 1969, apenas “perua DKW”.

O primeiro carro, que saiu da fábrica do Ipiranga em 1956 com festa e direito à presença do presidente Juscelino Kubitschek, tinha um índice de nacionalização que chegava a quase 60% de seu peso.
De 1958 até 1967, quando saiu de produção, a Vemaguet acompanhou o Belcar em suas mudanças estilísticas e mecânicas. Na traseira, as lanternas passaram de verticais a horizontais em 1963. No mesmo ano, a abertura do porta-malas mudou. A porta, que se abria lateral e inteiramente a partir de uma maçaneta do lado direito, passou a ter abertura em duas seções verticais. A fábrica alardeava, em suas peças publicitárias, que a capacidade de carga da Vemaguet era a maior para carros de sua categoria. E que bastava rebater o banco traseiro para ganhar mais 2,2 metros quadrados de área interna para carregar bagagens.
Dois modelos “populares” de Vemaguet foram lançados pela Vemag. De 1962 a 1964 foi feita a Caiçara, uma perua despojada, sem cromados e com acabamento muito simples. Dela foram produzidas 1.173 unidades. Suas cores eram apenas duas: bege e azul clara, sempre com o interior em plástico vermelho. Em 1965 e 1966 a Vemag fabricou 6.750 unidades da Pracinha, parecida com a Caiçara, que tinha financiamento da Caixa Econômica Federal para aqueles que queriam adquirí-la a prestações. Para se ter uma idéia de como a “depenada” tirava custo do carro, em dezembro de 1965 uma Pracinha nova valia 4 mil cruzeiros, contra 7.231 cruzeiros de uma Vemaguet “normal”.
A Vemag fabricou cerca de 48 mil peruas DKW, entre 1956 e 1967. O último modelo, além de incorporar a mesma grade inteiriça com elementos horizontais e quatro faróis do Belcar, também tinha uma lanterna traseira maior, que também foi usada no Fissore. E, por causa do formato da grade, a “risadinha” de 11 anos antes passou a ser conhecida também como “gargalhada”..

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